sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Medos e raivas

Após finalização do processo de criogenia que estava acontecendo no RS, volto. E, ao contrário do que o título da postagem indica (porque sou desses), estou aqui sem medos e sem raivas. Mas, esse é o tema.
Um tempo (e até bem pouco) atrás eu lia e lia e relia blogs sobre a temática homossexual, tentando entender e encontrar pessoas que passavam pelos mesmos dramas que eu. Um assunto, em particular, veio em várias pesquisas, vários blogs e etc e tal. Era sobre o fazer amizades ou se abrir com amigos que o aceitassem bem. E, claro, o quanto isso fazia bem para a gente e facilitava a auto-aceitação, que é o mais difícil. Pois bem, é por aí mesmo. O primeiro amigo que fiz no meu processo de aceitação própria também estava na mesma fase que eu. Foi de verdade muita sorte (ou não... aliás, acho que não mesmo) termos nos conhecido quando nos conhecemos. Acho que ambos foram fundamentais para a evolução pessoal um do outro.

Quando não podíamos falar nada com ninguém e ser naturais com ninguém, podíamos ser nós mesmos um com o outro. E, assim, começamos a conhecer as festas gays de Porto Alegre e um lado da gente e da vida que a gente se borrava de medo. Devo dizer que, acredito mesmo, tive um processo de autoconhecimento muito legal.

Mas, como nem tudo são flores... e, para quem passa pelo que eu e vocês passaram/passam/passamos... nesse período, tive momentos muito ruins. Daqueles que bate uma "bad", como falamos, foda. A culpa depois de ficar com um cara, a vergonha de ser quem se é. Coisas que ninguém deveria sentir. E ele me puxou de volta e fez ver o quanto a vida queria me fazer feliz. O que é algo que tenho plena certeza: a vida está aqui para sermos felizes.






Com o tempo, eu fui me aceitando. Hoje, certamente, ainda estou em processo. Na verdade, não sei se alguém se aceita plenamente algum dia na vida. E isso não se aplica apenas à sexualidade. Falo em geral mesmo. E, quando eu achei que estava tudo bem - e, às vezes, confesso, sinto um frio na barriga de medo por estar tão feliz e "cômodo" para este momento, medo de alguma qualquer coisa dar errado - ele, que apesar de se demonstrar mal resolvido em várias ocasiões, caiu numa baita "bad". Bem pior que as minhas. Aí que entramos na raiva. Enquanto eu conversava com ele pelo telefone, aproveitando uma saída a trabalho no meio da tarde, eu pensava: "Que merda de mundo, que merda de sociedade. Que merda. Que raiva. Ele não merece passar por isso e se sentir assim." Eu já tinha sentido aquilo várias vezes e tinha esquecido um pouco do que é aquela sensação de sentir vergonha de mim mesmo. De não me conformar.



Ele já dá sinais de recuperação. Ainda bem que não está durando muito. Mas, com tudo isso, eu fiquei mais forte. Peguei raiva. A raiva é um grande motivador. Aprendi isso na época do vestibular, meu pai sempre falava: "filho, fica calmo, quando tu pegar raiva tu vai passar". Foi mesmo. Rsrsrs. Moral da história? Fuck the police, sejam felizes. Sejamos todos. Conheçam gente. Confiem... porque o pior que pode acontecer é decepção e isso pode vir de quem tá do lado, tipo o melhor amigo, então... o que vier, é lucro. E dos bons.

Minha Heineken manda beijos. (o que me dá um desconto poético)

Eu também.

Bom fim de semana

PS.: já postei essa música, mas não nessa versão. it's fuckin' awesome.

domingo, 11 de agosto de 2013

#vidaloka

Alô alô, graças a Deus!

Após um período breve de recolhimento forçado, estamos de volta para a nossa programação (not at all) normal.

Há algum tempo quero escrever um texto melhor, mais adequado a este ambiente que me proporcionou tanta coisa boa. Nunca sei exatamente o que usar de tópico. Não sou escritor mesmo, apenas um metido. Me falta disciplina para transformar isso aqui no algo a mais que eu gostaria. Acima disso, falta tempo. O "muito trabalho" e minha vidaloka, digo, vida dupla, tem (têm?) me ocupado em demasia. Mas, não quero me fazer ausente aqui. E, apesar da falta de tópicos, alguma coisa sempre vem à mente. O momento que estou vivendo tem me permitido várias reflexões sobre a vida - que surpresa em relação aos outros posts.
Então, em breve pretendo dar um up nisso aqui e sair da mesmice que tem sido. Porque olha... tenho história pra contar.

Abraços,

Bom domingo.