domingo, 7 de julho de 2013

This Modern Love

Continuando a onda de contar um pouco mais da minha evolução pessoal, chegamos ao capítulo de hoje. Ele é um resumo das últimas semanas, nas quais tenho focado muito em unir os dois lados da minha vida. O que todos conhecem e o que eu tive que criar para experimentar de forma "anônima" a minha sexualidade. O anônimo era um guri medroso que foi crescendo e, de vez em quando, pode ser bem turrão e dono de si. Ele cresceu demais para ficar tão amassado dentro do armário. Começou a precisar abrir um pouco a porta do armário.


Há muito que me incomodo em mentir para meus amigos, como já falei. Estava pesado demais. Nesse ano, uma amigona de muito tempo se tornou mais próxima ainda, por "n" motivos. Então, foi a escolhida. Na verdade, escolhida não é a palavra. É mais uma questão de merecimento. De não ser justo da minha parte não confiar nela e, diga lá, mentir. Uma vez tomada a decisão de contar, foi uma questão de tempo. De esperar a oportunidade. E ela se deu nessa semana que passou. Por coincidência, ela me ligou convidando para comermos alguma coisa à noite (moramos no mesmo quarteirão). Pedimos aquela pizza e, depois, perguntei se ela estava disposta a fortes emoções naquela hora. "Sempre."


Não vou me alongar. Basta dizer que foi surpreendentemente mais fácil do que o melhor cenário que imaginei. A reação dela não poderia ter sido mais bacana. Foi simplesmente, absolutamente, natural. Agora é uma questão de me acostumar a contar as coisas para ela. E passar pelo momento um pouco mais difícil de levar ela para uma festa gay. Porque sim, não tenho escolha. hahaha

É muito bom se sentir aceito. O mais engraçado dessa sensação é o fato de que nada mudou.

E você, para quem contaria?


Boa semana!

3 comentários:

  1. Na verdade, existiam algumas poucas pessoas que, por conta de nossa cumplicidade, eu tinha muito receio de que viessem a descobrir "da maneira errada"...

    Então, quando surgiu a oportunidade eu falei... não foi fácil, eu nunca gostei de falar sobre mim, então foi meio engasgado e cheio de voltas. A recepção foi a melhor possível... prova de que na grande maioria das vezes, somos nosso pior carrasco mesmo.

    Nos últimos tempos não contem para ninguém, confesso que tive vontade, mas acabei não o fazendo, se alguém perguntar é capaz que eu fale... mas julguei que precisava encarar isso de forma mais natural...

    Mas fico feliz por ti... e pela pessoa que és, tenho certeza que teus amigos devem ser muito bacana também, e isso não muda em nada! ;-)

    Abração

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  2. Aiiii... fiquei chateadíssimo com esse final do post q eu não vou nem ter capacidade de comentar o resto!

    Nossa... não tem ninguém pra saber que eu sou gay! As pessoas me apresentam: "Esse é o Vinícius. Ele é viado...".

    A vida não tá fácil... mas tá sempre divertida!

    Boa noitada!

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